A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, e integrantes do Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses se reuniram nesta quinta-feira (9), para alinhar e definir estratégias. Mais de 400 pessoas participaram do encontro remotamente entre superintendentes estaduais do Ministério da Saúde, apoiadores alocados nos estados para tratar da questão das arboviroses e gestores estaduais e municipais de saúde. A reunião teve a presença do secretário-adjunto, Rivaldo Venâncio da Cunha, do diretor de Emergências em Saúde Pública, Edenilo Baltazar Barreira Filho e da diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis, Alda Maria da Cruz.
Ethel anunciou a publicação do novo Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, que foi divulgado pela ministra Nísia Trindade em coletiva de imprensa. A secretária ressaltou que o documento foi revisado para o período de 2025 e é uma referência para que os estados atualizem seus protocolos. "Este alinhamento é fundamental para enfrentarmos os desafios de saúde pública com eficácia ", destacou.
Ethel também mencionou que o Ministério da Saúde está acompanhando atentamente os casos de dengue no país e destacou a importância da análise realizada na última semana de dezembro e início de janeiro de 2025, que identificou aumento na circulação do sorotipo 3 da dengue. "Esse aumento acendeu um alerta no Ministério da Saúde, especialmente porque o sorotipo 3 está circulando fortemente em São Paulo, na região Norte, no Amapá, em Minas Gerais, no Paraná e em Santa Catarina", afirmou.
A secretária explicou que a preocupação é maior em São Paulo, devido à alta densidade demográfica, e no Amapá, pelo potencial de espalhamento do vírus. "Desde 2008, não temos o sorotipo 3 circulando no Brasil, o que significa que muitas pessoas, especialmente os jovens nascidos após 2008, são suscetíveis a esse sorotipo", explicou.
Ethel também mencionou que 84% dos casos de dengue foram concentrados em cinco estados: São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná e Mato Grosso do Sul. Além disso, apontou a diferença em relação à chikungunya, que tem apresentado um número maior de casos no Acre.
De acordo com o secretário-adjunto da SVSA, Rivaldo Cunha, o Ministério da Saúde, incluindo apoiadores, superintendentes, secretarias estaduais e municipais de saúde, e outras frentes de trabalho, está mobilizado de forma intensa e conectada. “Essa mobilização é maior do que em 2023, quando ainda estávamos retomando atividades suspensas durante a pandemia, como o trabalho dos agentes de controle de endemias”, enfatizou.
Para enfrentar esse cenário, o Ministério da Saúde também vai intensificar missões locais em vários estados. A partir da próxima semana, equipes da pasta estarão no Acre, Espírito Santo, São Paulo e Paraná.
Notícia de: Fabiana Aparecida (Ministério da Saúde)
Foto de: Laudemiro Bezerra/MS
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