A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a segunda fase da Operação "VoiceOver", que investiga crimes cibernéticos envolvendo o uso de inteligência artificial. Nesta etapa, foi cumprido um mandado de prisão temporária contra um homem de 24 anos, residente em Santa Helena de Goiás (GO). Segundo as investigações, ele seria o responsável pela criação e manutenção dos sites fraudulentos usados para aplicar os golpes.
Além da prisão, a polícia realizou buscas e apreensões na residência do investigado, coletando equipamentos eletrônicos e documentos que serão utilizados como prova. Também foram determinados bloqueios de contas bancárias associadas ao suspeito.
De acordo com o delegado-chefe adjunto Eduardo Dal Fabbro, a organização criminosa utilizava as redes sociais para divulgar campanhas falsas de venda de cupons de desconto, normalmente associadas a famosos. "As vítimas viam a propaganda, normalmente com personalidades conhecidas no país, como o apresentador Marcos Mion, e eram direcionadas para uma página falsa que imitava o site oficial da empresa", afirmou.
Ainda segundo o delegado, parte do grupo já havia sido presa em flagrante em janeiro de 2025, em um escritório em Brasília. A identificação do investigado detido nesta nova fase ocorreu após a análise dos aparelhos apreendidos anteriormente.
Durante o interrogatório, o preso confessou participação no esquema e detalhou sua atuação na fraude. Ele foi indiciado pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, com pena máxima somada de até 21 anos de prisão.
As investigações, coordenadas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), ligada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da PCDF, seguem para identificar outros possíveis integrantes e vítimas do esquema.
Como o golpe era aplicado
Utilizando tecnologia de deepfake, o grupo criminoso manipulava a imagem e a voz do apresentador Marcos Mion para criar vídeos promocionais falsos de uma rede de restaurantes. Esses vídeos direcionavam as vítimas para sites clones, desenvolvidos pelo investigado, que reproduziam a aparência dos sites legítimos. No ambiente fraudulento, as vítimas realizavam pagamentos por vouchers de desconto que, na prática, não existiam. O dinheiro era desviado para contas bancárias controladas pelos integrantes do esquema.
As investigações, coordenadas pela Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), ligada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado da PCDF, seguem para identificar outros possíveis integrantes e vítimas do esquema.
Com informações e imagens de: SBT News
Editada por: Guilherme Tadeu - Redação Aspomil
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